Rinite pode causar olheiras

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Você sabia que quem tem rinite e desvio de septo é um possível alvo das olheiras? Pois é, pasmem! O tão indesejável efeito panda também pode aparecer não só por noites maldormidas, cansaço, má alimentação, ingestão de bebida alcoólica e tabagismo.

Isso porque, “as alergias respiratórias, sinusite, rinite e desvio de septo agravam as olheiras, devido ao inchaço da mucosa nasal, que causa um acúmulo venoso na região e escurece embaixo dos olhos”, explica a dermatologista Lívia Borges.

De acordo com a dermatologista, as olheiras são resultado de alterações individuais. A cor escura se deve à junção de colorações castanhas e arroxeadas: a cor castanha, pela melanina presente na pele; e a cor arroxeada, devido à microcirculação superficial ( vasinhos) da pálpebra inferior.

Lívia afirma que um ato comum do dia a dia pode agravar o aspecto das olheiras. Deve-se evitar coçar ou esfregar os olhos frequentemente, pois isso, mesmo sendo um gesto simples, pode irritar a pele e “quebrar” os vasos dessa região, piorando o efeito panda.

A farmacêutica Raigna Vasconcelos ressalta que olheiras crônicas – reflexo da má circulação e pouco retorno venoso – podem ser cuidadas em casa. Portanto, ela alerta: é um problema que deve ser tratado em duas frentes: tópica (out) e oral (in). O uso de antioxidantes orais, antocianinas, estimuladores da vasodilatação e melhoradores da circulação, como flavonoides, podem e devem ser considerados nesta terapia conjunta. Muitas vezes, para ter um resultado satisfatório é necessário tratamento conjunto feito por um dermatologista e um angiologista.

A publicitária Lorena Silva sabe bem o que é sofrer com as temíveis olheiras. “Acordar depois de uma noite de sono e ainda estar com o efeito panda é uma sensação terrível. Parece que tive insônia a noite inteira”, afirma. Para se livrar do incômodo, Lorena recorreu a preenchimento com ácido hialurônico. O cirurgião plástico Fabrício Mattedi explica que, para casos em que os pacientes apresentam a pálpebra encovada, funda, é recomendada a reposição do volume perdido com o envelhecimento, através desse procedimento. Os mais modernos já possuem anestésico em sua fórmula, o que diminui a dor.

Os efeitos do preenchimento com ácido hialurônico nesta região duram em torno de 9 a 12 meses. É um procedimento ambulatorial, que não exige internação e, eventualmente, o paciente fica com um pequeno roxo, que some em algumas semanas. O método deve ser feito por profissional habilitado e com experiência, já que é uma área extremamente vascularizada.

Bolsa de gordura

Há também aqueles que se queixam de uma sombra na pálpebra superior quando há um excesso importante de pele e bolsas de gordura. Para estes casos, é indicada a blefaroplastia, um procedimento realizado geralmente sob anestesia local e sedação, o paciente pode receber alta no mesmo dia. Quando há uma queda no supercílio pode-se associar uma cirurgia para elevação do supercílio ou a elevação através de fios de tração (Sutura Silhouete).

A idade ideal para esta cirurgia é em torno de 40 anos, quando você já começa a ter uma flacidez na pálpebra sem que seja muito acentuada. Esta idade pode variar conforme fatores individuais.

O que há no mercado para tratar

– Preenchimento com ácido hialurônico – Injeta-se pequena quantidade de ácido hialurônico no sulco lacrimal. Essa substância vai ocupar a região que está mais funda, diminuindo o desnível existente entre as olheiras e as maçãs do rosto. Também uniformiza a textura e combate a sombra escura provocada pelos vasos sanguíneos. Podem surgir hematomas que somem em três ou quatro dias. Como o ácido hialurônico é absorvido pelo organismo, é necessário refazer o procedimento depois de 12 meses, podendo responder de maneira diferente em cada cliente.
– Carboxterapia para olheiras – A carboxiterapia é um tipo de tratamento estético que ajuda a remover olheiras, através da injeção de dióxido de carbono sob a pele. É utilizada uma agulha muito fina, que melhora a circulação, aumenta a produção de colágeno e combate a flacidez da pele.

FONTE: Onodera, gazetaonline.com.br.